Rumores de que o delegado Eduardo Mauat teria sido afastado da Operação Lava-Jato levaram a Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos a divulgar nesta terça-feira, carta aberta ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e ao diretor-geral da Polícia Federal, delegado Leandro Daiello Coimbra. Formada por 44 entidades que combatem a corrupção, Aliança solicita ao ministro e ao chefe da PF que 'respeitosamente esclareçam de público, e com urgência, os motivos que os levaram a não prorrogar a missão do delegado da PF Eduardo Mauat, lotado no Rio Grande do Sul, junto à equipe da Operação Lava-Jato, em Curitiba'.
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Lava-jato prorroga temporária de Chambinho por um diaJustiça condena Nestor Cerveró e Fernando Baiano em processo da Operação Lava-JatoEx-prefeito Warmillon Braga acumulou patrimônio que se equipara aos investigados da Lava-JatoPolícia Federal ampliará equipe da Lava Jato de 30 para 50 policiaisSegundo a PF, Mauat não foi afastado da Lava Jato. O seu 'recrutamento' para a força-tarefa, diz a PF, esgotou no dia 31 de julho, por isso ele voltou ao seu posto de origem, Rio Grande do Sul. A PF afirma que nada impede o retorno de Mauat a Curitiba.
Mauat declarou,na noite desta segunda-feira, que decidiu se manifestar nas redes sociais por achar "importante que as pessoas participem, se conscientizem".
Sobre se o post pode prejudicar sua volta à Lava-Jato, afirmou: "Se houver retaliação, isso significará uma interferência indevida." Ele disse que pediu afastamento da Lava-Jato no final de julho porque "estava cansado", mas que pretende retornar até porque disse ter agenda a cumprir nesta semana. "O post é meu.
"Estamos cientes de que a ausência do delegado Mauat prejudica fortemente o andamento das investigações até então sob a sua responsabilidade, e alertamos a V. Sas. que tal decisão atropela o desejo explicitado pelo povo brasileiro nas manifestações de 16 de agosto", diz a carta aberta ao ministro e ao diretor-geral da PF.
As entidades agrupadas na Aliança destacam que 'é mais do que de interesse público que os recrutamentos da PF para a Lava Jato devem estar na lista de prioridade da direção da Polícia Federal."
Aliança conclui a carta aberta ao ministro e ao diretor-geral da PF. "Estamos atentos a qualquer tentativa de sufocamento das investigações da Operação Lava Jato, razão pela qual conclamamos o espírito republicano de V.Sas.para que seja efetivada de imediato a reintegração do delegado Mauat à sua equipe de investigações.".