Pelo segundo dia seguido, servidores do Judiciário ocuparam os corredores do Senado e o lado externo do Congresso para protestar pela manutenção do reajuste da categoria. O projeto foi vetado pela presidente Dilma Rousseff. Com buzinas, tambores e faixas, eles pedem que os parlamentares derrubem o veto presidencial, para que siga valendo a proposta aprovada pelo Senado em 30 de junho, que concede um reajuste à categoria que varia entre 53% a 78,5%.
Para esta quarta-feira, está marcada uma sessão conjunta entre senadores e deputados para apreciar vetos presidenciais. O veto do aumento para o Judiciário não está na pauta, mas pode ser incluído depois da pressão que os servidores fizeram durante todo o dia.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), chegou a ser cercado pelos manifestantes no momento em que chegava ao plenário. "Derruba o veto" e "respeito ao Judiciário" foram as palavras de ordem mais cantadas durante toda a tarde. Ele não se pronunciou sobre o assunto, mas já deu sinais de que não vai trabalhar a favor da categoria.
A justificativa de Dilma para vetar o projeto é que o impacto que a medida vai trazer para os cofres públicos - que pode ser de mais de R$ 25 bilhões para os próximos quatro anos - prejudica o esforço que o governo vem fazendo dentro do ajuste fiscal.