Depois de muitas tentativas em anos anteriores, os deputados estaduais devem finalmente votar na semana que vem o projeto de resolução que traz o novo regimento interno da Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Entre as principais mudanças está o fim do arquivamento automático dos projetos de parlamentares reeleitos ao término das legislaturas e da transferência de autoria das matérias desarquivadas para aqueles que “ressuscitarem” a proposta. O texto também concede mais poderes à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que passará a enterrar na origem as matérias que considerar inconstitucionais. No total, os parlamentares apresentaram 33 emendas ao projeto, que serão analisadas pela Mesa Diretora.
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Por enquanto, foram acertados no acordo para votação os pontos previstos no texto original. A recomendação para andar com o projeto veio do presidente da Casa, deputado Adalclever Lopes (PMDB), em reunião do colégio de líderes.
O texto prevê que os projetos dos deputados que continuarem na Casa sigam a tramitação do ponto em que pararam, podendo continuar por até duas legislaturas depois da apresentação. Aqueles que não conseguirem mais um mandato terão as matérias arquivadas, mas com uma diferença. Agora quem pedir o desarquivamento não terá a paternidade. No início deste ano, entrando na fila quase um mês antes da abertura do protocolo, somente o deputado Fred Costa (PEN) desarquivou cerca de mil projetos, irritando os colegas.
Recurso
Outra mudança é que os textos que tiverem parecer pela ilegalidade ou inconstitucionalidade da CCJ só irão a plenário se houver recurso de um décimo dos deputados. O deputado Fred Costa apresentou emenda pedindo que apenas um parlamentar possa recorrer.
O relator do texto deve apresentar seu parecer final no início da semana que vem. “Estamos recebendo e analisando todas as emendas. Não é difícil construir o consenso porque estamos trabalhando um regimento simétrico, que dá igualmente espaço e tempo à oposição e situação”, afirmou..