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Estado de Minas

Manifestantes saem às ruas em defesa de Dilma e contra Cunha

De acordo com a CUT, o protesto tem como objetivo cobrar do governo federal a manutenção de direitos trabalhistas frente a crise, e se posiciona contrário à saída da presidente


postado em 20/08/2015 14:07 / atualizado em 20/08/2015 14:19


Manifestações organizadas pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP) e União Nacional dos Estudantes (UNE) estão programadas para esta quinta-feira, 20, em 23 Estados, tendo como alvo a defesa do mandato de Dilma Rousseff e críticas ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e o ajuste fiscal.

No Rio de Janeiro, manifestantes do MTST em marcha fecharam a Avenida Rio Branco e seguiram para a Cinelândia. Na sequência, caminharam rumo ao escritório de Cunha, na capital. A organização afirma que 10 ônibus fretados com contribuições de doadores (entre eles, afirma o MTST, nenhum partido ou político) vieram de acampamentos de Niterói e São Gonçalo. Organizadores estimam que 600 participam do ato. A PM ainda não divulgou um número.

Jovens do grupo Rua e da Juventude do PSOL que participam do protesto se manifestam contra o ajuste fiscal, contra a Agenda Brasil (série de medidas propostas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros) e contra a redução da maioridade penal.

Em Fortaleza, militantes do PSOL e pessoas ligadas ao MTST fizeram uma manifestação, no início da manhã, na Praça da Bandeira. Os manifestantes seguiram em passeata até a reitoria da Universidade Federal do Ceará, onde se encontraram com servidores e professores da instituição em greve. O protesto focou na oposição ao ajuste fiscal e à Agenda Brasil. "Contra o ajuste fiscal da presidente Dilma e o avanço da direita golpista", dizia uma das faixas conduzidas pelos manifestantes. À tarde, será realizada outra manifestação puxada pelo PT e por movimentos sindicais contra o impeachment da presidente Dilma. A concentração está programada por volta das 15 horas na Praça da Bandeira.

Em Belém, a manifestação que pede respeito à democracia e apoio a Dilma, além de melhorias na saúde, percorre a Avenida Magalhães Barata. Segundo a Polícia Militar, cerca de 400 pessoas participam do ato, mas a organização calcula 4 mil pessoas. Representantes de partidos políticos como PT, PCdoB, e PSOL marcam presença no protestos.

De acordo com a CUT, o protesto tem como objetivo cobrar do governo federal a manutenção de direitos trabalhistas frente a crise, e se posiciona contrário à saída da presidente Dilma. "O nosso ato é em apoio a democracia, e não em defesa ou crítica ao governo atual. Nós, trabalhadores de movimentos sociais, lutamos pela conquista da democracia", disse Martinho Souza, presidente da CUT no Pará. A manifestação é pacífica.

Em Curitiba, os integrantes de movimentos sociais se reúnem na Praça Santos Andrade, na área central, para o "Ato por Direitos, Liberdade e Democracia". A expectativa é de que cinco mil pessoas participem. Segundo a organização, o objetivo é defender a Petrobras, a democracia, a manutenção dos empregos do HSBC e a luta contra a terceirização, além de se manifestar contra Cunha. "Somos contra diversas medidas adotadas pelo governo federal, como o ajuste fiscal. Contudo, defendemos a soberania do País no sentido democrático e econômico. Por isso vamos às ruas. Defendemos os direitos sociais, a democracia e tudo o que o pré-sal representa para a sociedade brasileira", disse a presidente da CUT Paraná, Regina Cruz, por meio da assessoria.

Em Maceió, sob chuva intensa, os manifestantes fizeram um ato na capital alagoana, abraçando o Palácio do Governo, onde fica o governador Renan Calheiros Filho (PMDB).


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