Rio de Janeiro, 20 - O ato em defesa da presidente Dilma Rousseff (PT) no Rio já ocupa a avenida Rio Branco entre a avenida Almirante Barroso e a rua do Rosário. Os discursos são diversos - muitos ativistas puxam gritos contra o ajuste fiscal e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, enquanto outros se limitam a apoiar Dilma, sem ressalvas. Os únicos momento de unanimidade são os coros de "Não vai ter golpe" e "Fora Cunha", referindo se ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
A reportagem contou, ao longo do trajeto, sete carros de som e 10 grupos com instrumentos musicais. A Polícia Militar acompanha o início e o final da multidão, e até agora não foram registrados incidentes.
São Paulo
Em São Paulo, a manifestação "contra o golpismo", em defesa da legitimidade da Presidência de Dilma Rousseff, reúne cerca de 3 mil pessoas no início da noite desta quinta-feira, 20, no Largo da Batata, na Capital, segundo estimativa da Polícia Militar que acompanha o ato. Há bandeiras e balões de sindicatos como CUT, CTB e Intersindical, associações estudantis como UNE e UBES, e de partidos como PCdoB, PCO e algumas poucas do PT - o partido da presidente apoia a manifestação, mas não participou da organização.
A reportagem visualizou também uma faixa de "Liberdade para o Vaccari já", em referência ao ex-tesoureiro do PT preso na operação Lava Jato. A faixa era carregada por Antônio Soares e Dionísio Reis, ambos do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Há carros de som, que tocam forró, samba e axé. Manifestantes carregam apitos e buzinas. As faixas trazem mensagens contra o "golpismo" e a favor da democracia.
Recife
Um dos trios elétricos da manifestação em Recife quebrou durante o trajeto e um grande congestionamento se formou na avenida Conde da Boa Vista, área central da cidade.
A manifestação segue em clima de tranquilidade. De acordo com os organizadores, cinco mil pessoas participam do ato. A Polícia Militar, que havia informado que não divulgaria estimativas - afirmou que este número é de 1,5 mil. Nos prédios ao longo do trajeto, os manifestantes encontram apoio e críticas. Enquanto alguns moradores estendem bandeiras vermelhas na janela, outros jogam baldes de água contra o grupo.
Em João Pessoa, cerca de mil pessoas foram à manifestação na capital paraibana, de acordo com organizadores. A PM não divulgou dados oficiais.
Manifestações alcançam 19 Estados do País - estão programados atos em 23 Estados. O movimento é organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Movimento dos Sem Terra (MST), Central de Movimentos Populares (CMP) e União Nacional dos Estudantes (UNE).