Em nota, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que está absolutamente sereno e refutou "as ilações" das denúncias apresentadas na tarde desta quinta, pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Dizendo-se inocente e aliviado por já ter o assunto aos cuidados do Judiciário, Cunha afirma que foi escolhido para ser investigado e para ser denunciado. "Não participei e não participo de qualquer acordão e certamente com o desenrolar assistiremos à comprovação da atuação do governo, que já se propôs à recondução do procurador (Rodrigo Janot), na tentativa de calar e retalhar a minha atuação política."
Cunha, que segue em seu gabinete recebendo parlamentares aliados, diz na nota que a série de escândalos envolvendo a Petrobras foi patrocinada pelo PT e por seu governo. E que não seria possível "retirar do colo deles e tampouco colocar no colo de quem sempre contestou o PT" as denúncias.
"Estou com a consciência tranquila e continuarei realizando meu trabalho como presidente da Câmara dos Deputados, com a mesma lisura e independência que sempre nortearam os meus atos, dentro do meu compromisso de campanha de ter uma Câmara independente", enfatizou.
No final da nota, o peemedebista lembra que foi denunciado em 2013 pelo MPF e que, na ocasião, a denúncia foi aceita pelo pleno do STF, mas no ano passado ele foi absolvido por unanimidade. Ele prega, ainda, a necessidade de respeito ao princípio da presunção da inocência. "Registro ainda que confio plenamente na isenção e imparcialidade do STF para conter esta tentativa de injustiça." finaliza.
Pressão
Mais cedo, parlamentares que fazem oposição a Cunha divulgaram manifesto pedindo o seu afastamento imediato do cargo.