Prefeitos de cidades de todas as regiões de Minas Gerais vão paralisar as atividades nesta segunda-feira em protesto. O motivo é a dificuldade financeira, devido à queda de arrecadação e dos repasses, enfrentada pelos administradores municipais que tem comprometido a capacidade de prestação dos serviços. O movimento - chamado de “Crise nos municípios: prefeituras param por você” -, é encabeçado pela Associação Mineira de Municípios (AMM) que pretende que apenas os serviços de urgência sejam oferecidos à população, como forma de chamar atenção para o problema. De acordo com o presidente da AMM e prefeito de Pará de Minas, Região Central do estado, Antônio Júlio (PMDB), a adesão está boa e a expectativa é que cerca de 450 prefeituras participem do ato. A Prefeitura de Belo Horizonte não está entre as participantes.
Em material preparado para explicar a população a razão do ato, a associação argumenta que os municípios são os executores dos programas criados pelos governos estadual e federal e que, por isso, acabam assumindo mais responsabilidades. Entre os problemas destacados estão a desigualdade na repartição da arrecadação dos impostos, a judicialização da saúde, a redução no financiamento da educação básica, além do custo de manutenção dos convênios para a garantia da segurança pública. Mas as principais críticas estão relacionadas ao repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
Como proposta para resolver esses problemas, a AMM sustenta que é necessária a revisão e aperfeiçoamento da distribuição dos impostos arrecadados e o fim da criação de obrigações para estados e municípios. Outro ponto que pretende tirar a corda do pescoço dos prefeitos seria, de acordo com a associação, a compensação dos municípios pela União, sempre que adotar a concessão de qualquer benefício de natureza tributária. Além do aumento, de forma geral, dos repasses para os cofres municípios.
A Associação Mineira de Municípios deve divulgar uma balanço da adesão ao movimento no começo da tarde desta segunda-feira.