A prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB), apareceu publicamente pela primeira vez desde que foi denunciada por corrupção passiva na Operação Lava Jato. Ela participa nesta segunda-feira, 24, ao lado de prefeitos de outras quatro cidades, de protesto pela retomada das obras do Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj). O grupo partiu de Niterói, de barca, e a manifestação segue agora na Praça XV, no Centro do Rio, e vai até a sede da Petrobras, também no Centro.
Leia Mais
Comissões foram turbinadas após Cunha romper com PlanaltoApós reunião, ministros evitam falar sobre denúncia contra CunhaPT acata Lula e trata Cunha com 'cautela'Ministério Público mantém investigação de contas de Eduardo CunhaBancada do PT espera decisão do STF para fechar posição sobre CunhaManifestantes furam segurança da Assembleia de SP para protestar contra CunhaSolange falou somente sobre a participação de Rio Bonito, cidade de 55 mil habitantes da região metropolitana, no ato desta segunda-feira. "Isso (a paralisação das obras do Comperj) deu um rombo no econômico na cidade de cerca de R$ 7 milhões por mês. Com a crise, as pessoas não estão conseguindo reocupar esses postos de trabalho. O que a gente quer é uma atitude, a gente não pode ficar travado", afirmou Solange.
O prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo (PMDB), afirmou que a cidade perdeu metade da receita por causa dos problemas do Comperj - sem informar entretanto o valor dessa receita.
Aliado tradicional de Cunha, Cardozo se limitou a dizer que o presidente da Câmara recebeu a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "maneira tranquila e serena". "Vivemos em um País democrático onde a pessoa tem direito a ser denunciada, mas também tem direito à ampla defesa", minimizou.
Os manifestantes saíram de Niterói e tiveram o embarque para o Rio cedido gratuitamente pela concessionária CCR Barcas. Os participantes do ato também lotaram 120 ônibus, segundo a prefeitura de Itaboraí.