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Estado de Minas

Solange aparece e diz que não tem 'nada a declarar' sobre relação com Cunha


postado em 24/08/2015 14:31 / atualizado em 24/08/2015 14:53

A prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB), apareceu publicamente pela primeira vez desde que foi denunciada por corrupção passiva na Operação Lava Jato. Ela participa nesta segunda-feira, 24, ao lado de prefeitos de outras quatro cidades, de protesto pela retomada das obras do Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj). O grupo partiu de Niterói, de barca, e a manifestação segue agora na Praça XV, no Centro do Rio, e vai até a sede da Petrobras, também no Centro.

"Nada a declarar, nada a declarar, nada a declarar", repetiu Solange diversas vezes quando questionada sobre sua relação com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR), ao Supremo Tribunal Federal (STF). Cunha é acusado de ter recebido propinas de US$ 5 milhões pela construção de dois navios-sonda para a Petrobras. De acordo com a denúncia encaminhada ao STF, quando as comissões deixaram de ser pagas, Solange Almeida apresentou requerimentos, pedindo informações ao Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a Samsung e o grupo Mitsui, como forma de pressionar a retomada dos pagamentos.

Solange falou somente sobre a participação de Rio Bonito, cidade de 55 mil habitantes da região metropolitana, no ato desta segunda-feira. "Isso (a paralisação das obras do Comperj) deu um rombo no econômico na cidade de cerca de R$ 7 milhões por mês. Com a crise, as pessoas não estão conseguindo reocupar esses postos de trabalho. O que a gente quer é uma atitude, a gente não pode ficar travado", afirmou Solange.

O prefeito de Itaboraí, Helil Cardozo (PMDB), afirmou que a cidade perdeu metade da receita por causa dos problemas do Comperj - sem informar entretanto o valor dessa receita. Só em arrecadação de ISS (Imposto Sobre Serviço) do município, a redução foi de R$ 25 milhões para R$ 7 milhões. "Essa é a nossa preocupação. Já cortamos tudo o que poderíamos cortar. Nossa receita voltou a ser de 12 anos atrás", disse o político, que convidou Eduardo Cunha e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) para o ato. "Convidamos Eduardo Cunha porque ele é uma grande autoridade, assim como o governador Pezão, mas pode ser que as agendas deles não sejam iguais às nossas", emendou.

Aliado tradicional de Cunha, Cardozo se limitou a dizer que o presidente da Câmara recebeu a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "maneira tranquila e serena". "Vivemos em um País democrático onde a pessoa tem direito a ser denunciada, mas também tem direito à ampla defesa", minimizou.

Os manifestantes saíram de Niterói e tiveram o embarque para o Rio cedido gratuitamente pela concessionária CCR Barcas. Os participantes do ato também lotaram 120 ônibus, segundo a prefeitura de Itaboraí. Todos usam blusas pretas com os dizeres "Juntos pelo Comperj". Mais cedo, os manifestantes colocaram fogo em lixo e interditaram uma das alças de acesso à Ponte Rio-Niterói. O trânsito já foi liberado.


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