A dois dias da sabatina que pode levar o chefe do Ministério Público Federal (MPF) a um novo mandato de dois anos, o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) chamou nesta segunda-feira o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de "fascista da pior extração".
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Presidente da BR distribuidora foi cinco vezes ao gabinete de CollorSTF concede prazo de 15 dias para defesa de Cunha e Collor Defesa de Collor diz que senador seria ouvido dia 28 e que denúncia foi 'açodada'Tensão e questionamentos dos parlamentares devem marcar sabatina de JanotNa véspera de sabatina no Senado, Collor volta a chamar Janot de mentirosoO ex-presidente, que chamou Janot de "sujeitinho à toa" e "figura tosca" afirmou que ele não é dotado da "conduta moral" que se exige para o cargo. Ele criticou o fato de a Procuradoria-Geral da República (PGR) não tê-lo ouvido antes de acusá-lo criminalmente. Repetiu que iria depor na próxima sexta-feira, 28. "Essa prática dentro dos preceitos do Direito? Dos consagrados direitos da Justiça? Direitos individuais?", questionou.
Para o senador, há um conluio da PGR com a mídia ao mencionar que a imprensa noticiou a acusação contra ele, mas, até o momento, seus advogados não tiveram acesso à denúncia. Ele afirmou que vazamento de informações é crime e que "ninguém absolutamente ninguém" está livre de ser vítima de condutas do que chamou de "grupelho" de Janot.
Vídeo
Ao apresentar um vídeo durante seu discurso, o ex-presidente disse que um procurador da República não teria apresentado ao chefe da Polícia Legislativa do Senado, Pedro Ricardo Araújo Carvalho, um mandado de busca e apreensão contra ele. Por causa desse ato de força amparado em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), há três semanas Collor chegou a xingar Janot de "f.d.p.".
"Até quando vamos permitir estado policialesco que a Procuradoria-Geral tenta implantar?", questionou ele, ao citar que, anteriormente, o próprio Janot já teve o entendimento, em parecer, de que a Polícia Legislativa pode, sim, acompanhar ações nas dependências da Casa, como seria o apartamento funcional do senador alvo da busca e apreensão.
"As imagens que aqui foram mostradas são a tradução fiel do que é hoje a política de conduta adotada pelo grupelho instalado pelo MP sob o comando de Rodrigo Janot.