Lideranças da oposição do Senado criticaram na tarde desta segunda-feira a decisão do governo Dilma Rousseff de fazer em setembro uma reforma administrativa na qual deverá cortar até dez ministérios. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), classificou o anúncio como "cortina de fumaça" no momento em que o vice-presidente Michel Temer deve deixar o "varejo" da articulação política.
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Decisão do governo de reduzir ministérios é positiva, diz Mansueto AlmeidaPara oposição, anúncio de corte de ministérios é 'cortina de fumaça'Governo anuncia que vai cortar 10 ministérios até setembroCorte de pastas deixa base apreensiva e governo estuda fortalecer a Casa CivilDecisão do Planalto de cortar ministérios cria nova turbulência na baseGoverno recua e anuncia corte de 10 ministériosCunha diz que governo fez anúncio atabalhoado de corte de ministériosAécio diz que governo "se rende ao óbvio" ao anunciar redução do número de ministériosO líder da oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), disse que a medida seria muito boa se fosse verdade. "Esse anúncio pode gerar falsa expectativa. É evidente que, com 39 ministérios, não temos governo, temos desgoverno", disse, "É uma reforma de profundidade que se exige e não me parece que um governo fragilizado politicamente tenha condições de promover a reforma estrutural que o país exige", avaliou.
Por sua vez, o presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que o problema do governo é que ele "não age por convicção, só age sob pressão". "Dez ministérios a menos dariam credibilidade a Dilma se ela tivesse tomado esta atitude antes de assumir a Presidência. A medida agora, que se adotada será bem-vinda, não dará 'selo de qualidade' ao governo até porque o que é feito sob pressão não recupera credibilidade", afirmou..