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Estado de Minas

Decisão do governo de reduzir ministérios é positiva, diz Mansueto Almeida


postado em 24/08/2015 18:25 / atualizado em 24/08/2015 19:25

A decisão do governo de reduzir o número de ministérios e cargos comissionados para enxugar a máquina pública é positiva, mas está longe de trazer uma economia significativa para o ajuste fiscal, afirma o economista Mansueto Almeida, especialista em finanças públicas.

"Vai na direção correta e é bom. Mas não significa que estaremos mais perto de cumprir a meta fiscal neste ano ou no próximo, porque o buraco é muito grande. Só de subsídios atrasados, o governo pagou em julho R$ 7 bilhões. Isso dá uma ideia de como o ajuste será difícil", diz.

Desde o início do governo do PT, diz, foram criados mais 4.400 cargos em comissão no País levando em conta dados até abril de 2015. Pelos cálculos do economista ainda que todos esses cargos fossem extintos, voltando ao patamar de 2002, a economia anual seria de R$ 600 milhões. O montante representa apenas 0,27% dos gastos do governo com pessoal no ano passado.

O economista observa que as pastas da Saúde, Educação, Previdência, Trabalho e Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome (MDS) concentraram 85% dos gastos de custeio do governo federal no ano passado. Somados os ministérios da Fazenda, Defesa, Agricultura e Ciência e Tecnologia chega-se a 90% das despesas de custeio dos 39 ministérios do governo Dilma Rousseff. Como dificilmente essas pastas serão extintas, o indicativo é de uma economia pequena também nesse caso.

Além disso, o economista lembra que boa parte do pessoal nos ministérios tende a ser realocado, e alguns podem voltar a funcionar como secretarias, o que não mudaria nada do ponto de vista orçamentário. Em 2014, as despesas de custeio do governo federal somaram R$ 733,7 bilhões, dentro de um gasto público total de R$ 1,031 trilhão.


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