O senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, afirmou que o governo, ao anunciar a redução do número de ministérios, “se rende ao óbvio”. O tucano, que considerou que a medida acontece com atraso, ainda relembrou que o enxugamento da máquina administrativa chegou a ser tratado durante a campanha eleitoral. Apesar de ter defendido a ideia, ele fez críticas à atitude tomada nesta segunda-feira pelo Planalto. “A redução de ministérios e cargos é necessária, mas melhor seria se realizada com convicção, e não por um governo em busca de algum oxigênio para continuar a existir”, afirmou em nota.
Para o tucano, a decisão de reduzir as pastas atende às circunstâncias, mas não resolve o que ele aponta como problema do governo. “Continua, no entanto, faltando ao governo o que seria essencial para que essas e outras medidas sejam adequadamente implementadas: credibilidade. Um ativo que, na política, quando se perde, é difícil ser recuperado”, declarou. A política econômica, segundo Aécio, segue a mesma linha de se render às condições momentâneas.
Hoje, o governo disse que até setembro vai fazer uma reforma administrativa na qual deverá cortar até dez ministérios. Também deve haver cortes em cargos em comissão. Atualmente existem no governo federal 22 mil cargos de livre nomeação, que dispensam concurso público.