Poucos dias após a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), líderes do PT disseram nesta segunda-feira, 24, que é preciso aguardar a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de tomar uma decisão oficial sobre a permanência do peemedebista na função.
Os parlamentares negam interferência do ex-presidente nas discussões que, até o momento, são informais. "Não houve apelo de Lula", declarou o vice-líder da bancada, Afonso Florence (BA).
Embora parte da bancada pressione pela saída imediata de Cunha, os líderes na Casa pregam agora a ampliação do debate sobre o tema e a observação dos desdobramentos da ação judicial.
"Minha opinião pessoal é que é preciso deixar os fatos se consolidarem", disse o líder da bancada, Sibá Machado (AC). O petista vê uma tendência majoritária de "não mexer", por enquanto, na questão.
O deputado Carlos Zarattini (SP) avalia que se até o momento o PT vem defendendo o direito de defesa de qualquer acusado, precisa adotar a mesma postura em relação a Cunha. "Todo acusado tem o direito de defesa. A relação com ele é muito ruim e não vai melhorar. Agora, vamos defender o direito de ele se defender", ponderou.