O primeiro-vice presidente do Senado, o petista Jorge Viana (AC), elogiou nesta segunda-feira, 24, a decisão do governo Dilma Rousseff de cortar, até setembro, ministérios e cargos em comissão. Para ele, o modelo de governo de coalização, por meio do qual partidos têm cargos no governo em troca de apoio em votações no Congresso, está "vencido".
Leia Mais
Cunha diz que governo fez anúncio atabalhoado de corte de ministériosDecisão do governo de reduzir ministérios é positiva, diz Mansueto AlmeidaAécio diz que governo "se rende ao óbvio" ao anunciar redução do número de ministériosCorte de pastas deixa base apreensiva e governo estuda fortalecer a Casa CivilComo exemplo da falência do modelo, o senador do PT citou o fato de que a aprovação do último projeto da primeira etapa do ajuste fiscal pelo Senado, o que reonera 56 setores da economia, só ocorreu devido ao apoio dos senadores independentes.
"Essa etapa do ajuste passou. Está evidente que este arranjo feito, que se chama de modelo de coalizão, ele é muito ruim, muito frágil. Temos partidos que oferecem mercadorias e não conseguem entregar, mas eu não estou culpando esses partidos. São situações que explicitam que é um modelo vencido, daí a necessidade de se fazer uma reforma política", defendeu.
Temer
Jorge Viana defendeu que o vice-presidente Michel Temer, que deixará o "varejo" da articulação política, assuma um papel de protagonismo no projeto nacional do PT e do PMDB. "A presidenta Dilma anunciou que deve mexer no arranjo de governança.