Brasília - O doleiro Alberto Youssef disse em depoimento à CPI da Petrobras nesta terça que o delator Júlio Camargo estava apreensivo com a pressão para que a Samsung Heavy Industries e a Mitsui pagasse propina ao núcleo peemedebista no esquema de corrupção na Petrobras. Youssef disse que Camargo estava preocupado com requerimentos contra ele e as empresas apresentadas na Câmara dos Deputados em nome do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Leia Mais
'Não estou protegendo Lula, não tenho por que protegê-lo', diz YoussefYoussef diz que ouviu de Janene que Lula ficou contrariado com nomeação de CostaYoussef quebra silêncio em CPI e diz que não conhece PalocciMinistros do STF vão analisar validade de delação de YoussefPansera pressiona Youssef, que o aponta como autor de intimidaçõesExaltado, Sarney Filho nega na CPI que Roseana recebeu dinheiro do esquemaNas palavras de Youssef, Camargo queria "resolver a questão" e pediu sua ajuda para procurar Baiano e assim garantir os pagamentos. "Quem tinha pedido requerimentos era Eduardo Cunha porque ele tinha valores a receber sobre esses assuntos e a Samsung tinha deixado de pagar", contou.
Durante a acareação, coube ao ex-diretor Paulo Roberto Costa detalhar o pagamento de propina para políticos. Costa disse que houve repasses à ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB-MA), ao senador Edison Lobão (PMDB-MA) e ao ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). "Na minha lembrança foi Alberto Youssef (quem pagou). A governadora confirmou que recebeu os valores", declarou Costa. Youssef negou repasse a Roseana. .