Brasília - Os acordos para troca de informações financeiras entre o Brasil e outros países deverão ser um incentivo a mais para que brasileiros com dinheiro não declarado no exterior integrem o programa de repatriação de recursos proposto pelo governo e em discussão no Senado, disse o coordenador de Relações Internacionais da Receita Federal, Paulo Araújo.
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Governistas do Senado apostam em repatriação para aliviar caixa de EstadosRenan diz que projeto de repatriação de recursos não deve ser votado nesta quarta-feiraAcho que tem ambiente para votar o repatriamento na terça, diz Renan"Todas as informações sobre ativos no exterior chegarão à Receita. Certamente, isso é um estimulo para o contribuinte regulamentar esses recursos um pouco antes", afirmou.
Nesta terça-feira, foi publicado decreto que estabelece o acordo para que Brasil e Estados Unidos troquem informações bancárias. Até 30 de setembro, a Receita Federal deve repassar informações como saldos e transações de correntistas norte-americanos com conta no Brasil, e vice-versa. As trocas serão feitas anualmente.
Até 2018, acordo semelhante será firmado em um fórum global que permitirá a troca com mais de 60 países. "Todos os países relevantes no cenário financeiro internacional estão nesse pacote, inclusive a Suíça. Aquela pessoa que deixou de declarar dinheiro no exterior, nós vamos saber", completou.
O acordo com os Estados Unidos foi firmado em setembro de 2014 e ratificado pelo Congresso Nacional em junho. O decreto publicado hoje foi o último ato formal necessário para que o acordo - Foreing Account Tax Compliance (Facta) - entre em vigor..