Brasília, 26 - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), minimizou a "Agenda Brasil" apresentada nesta quarta-feira, 26, por 15 legendas ligadas ao governo. A lista com 26 propostas é um complemento à série de medidas anticrise anunciadas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no início de agosto.
"A nossa forma de atuar aqui são projetos que são decididos pelo colégio de líderes. A gente não vota agenda. A gente vota projeto", afirmou Cunha. "Não dá para ter uma agenda, levar para o plenário para votar", disse o presidente da Câmara, negando que haja uma disputa por protagonismo entre ele e Renan.
No texto, há questões polêmicas como a criação de novas fontes de recursos para saúde e educação, o aumento da tributação sobre grandes fortunas, e mudanças na legislação sobre meios de comunicação, para garantir direito de resposta e combater o que entendem como "concentração econômica".
As "Sugestões à Agenda Brasil" estão divididas em oito pontos que aglutinam 18 propostas: política monetária e fiscal, política industrial, desenvolvimento regional, política tributária, direito dos trabalhadores, direitos civis, setor público e questões urbanas e reforma agrária.