Brasília, 27 - O diretor-presidente da Funcef, Carlos Alberto Caser, afirmou, durante audiência da CPI que investiga os fundos de pensão, que não conhece o ex-diretor da Petrobras, Pedro Barusco. "Não conheço o Pedro Barusco e não tenho procuração para defender Pedro Barusco", disse Caser.
Questionado diversas vezes sobre os investimentos do Funcef na Sete Brasil, Caser ressaltou que os investimentos devem ser observados sob a ótica de 2010 e frisou que, "se tivesse no quadro de 2010, faria novamente os investimentos". Caser chegou a pedir a palavra para ressaltar "uma fala importante" e informou que a Sete Brasil já ingressou com ação judicial contra Pedro Barusco e João Ferraz, ex-presidente da companhia.
Sobre sua relação com o PT e as doações que fez na última campanha eleitoral, Caser frisou que doou "R$ 16 mil para a deputada Erika Kokay (PT-DF) e R$ 500 para o candidato a governador Wellington Dias". O presidente da Funcef foi questionado sobre suas páginas em redes sociais, que possuem a bandeira do PT e do Brasil e respondeu que suas páginas nas redes sociais são pessoais e não fazem referência ao seu cargo na Funcef.
O deputado Marcelo Aro (PHS-MG) fez duras críticas ao executivo, que recebe remunerações da Vale e da JBS apenas enquanto o fundo investir nas companhias. "Isso pode até ser legal mas é imoral", disse Aro. Caser se defendeu afirmando que essa é uma prática comum não só no Brasil como também no exterior..