O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou nesta quinta-feira que a reforma ministerial será conduzida com "muito cuidado" pela presidente Dilma Rousseff e negou que o anúncio seja apenas uma ação de marketing do governo para tentar implementar uma agenda positiva.
"A reforma tem como objetivo redução de custos e o que vale é o quando ela for apresentada. Tudo (que é publicado) agora são apenas reflexões, ilações", disse. O ministro afirmou ter "certeza absoluta" que a reforma envolverá cortes significativos. "Tenho certeza absoluta que envolverá cortes importantes, em especial neste momento de contenção de despesas", disse.
Segundo Kassab, além de controlar efetivamente os gastos do governo a redução de ministérios pode servir de exemplo para outros entes federativos. "Pode ser um exemplo para todas as administrações públicas qualquer que seja a instância", disse. Questionado se o anúncio da reforma não seria apenas uma ação de marketing, Kassab disse que "todos sabem que não".
"Até porque foi um anúncio da intenção de fazê-la e ela vai acontecer", afirmou. Kassab disse ainda não temer que os cortes afetem pastas do PSD, como a sua própria e a do ministro da Secretaria de Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos. "De maneira nenhuma, a presidente saberá escolher quais são as pastas que devem ter status de ministério, quais são as atribuições", disse.
"Afif tem espírito público e desprendimento para entender que o que vale são as atribuições e não os títulos e está pronto para colaborar, da mesma maneira eu", disse.
"Nosso partido integra base do governo e, portanto, partido respeita as diretrizes da líder dessa composição que é a presidente Dilma", afirmou. Kassab não quis comentar os rumores de que o governo prepara uma volta da CPMF e nem qual seria a posição do partido sobre o tema. "Não tem nenhum discussão oficial e, quando não existe discussão, não existe posição", afirmou.
O ministro participou nesta quinta-feira na Comissão Geral no Plenário da Câmara e foi recebido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que se manifestou pessoalmente contrário ao retorno do imposto. "Da minha parte eu sou contrário à volta da CPMF. Acho pouco provável que aprove aqui na Casa, mas, se eles mandarem, o processo vai tramitar. Mas vejo pouca possibilidade de aprovar", afirmou Cunha..