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Estado de Minas

Lula pede respeito ao voto e à democracia

Em Montes Claros, ex-presidente defende mandato de Dilma e critica reforma política em votação no Congresso Nacional


postado em 28/08/2015 06:00 / atualizado em 28/08/2015 07:25

Em seu discurso a integrantes de movimentos sociais, Lula não mencionou as denúncias de corrupção (foto: Danilo Evangelista/Esp. EM/D.A Press)
Em seu discurso a integrantes de movimentos sociais, Lula não mencionou as denúncias de corrupção (foto: Danilo Evangelista/Esp. EM/D.A Press)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nessa quinta-feira (27) à noite, em Montes Claros (Norte de Minas) o respeito à democracia e que aqueles que querem tirar a presidente Dilma Rousseff do poder terão que “respeitar a democracia” e esperar 2018 “para disputar e ganhar a eleição no voto”. Lula participou do Encontro dos Povos dos Gerais, organizado por lideranças e entidades ligadas ao PT e pelo Instituto Lula e que contou também com a presença do governador Fernando Pimentel e outros nomes da legenda no estado.

O ex-presidente iniciou na cidade do Norte de Minas uma série de viagens que pretende fazer pelo país, a fim defender o PT e melhorar a imagem do governo Dilma, desgastado pelos  escândalos de corrupção. Hoje à noite, Lula participa de ato público em defesa da Petrobras e do governo, no Chevrolet Hall, em Belo Horizonte.

O Encontro dos Povos dos Gerais, realizado no Estacionamento da Faculdade de Saúde Ibituruna (Fasi), reuniu em torno de 6 mil pessoas, segundo os organizadores, e 2,5 mil pessoas, pelos cálculos da Polícia Militar. Numa avenida, próximo ao local, um pequeno grupo de manifestantes, ligado ao movimento Vem pra rua, fez um panelaço contra o governo Dilma e  o PT. No local, junto a uma grande bandeira, foi exibido um grande cartaz, com a fotografia um boneco de Lula vestido de presidiário. Mas o ex-presidente passou por outra via e não viu a manifestação.

O professor Novais Neto, um dos organizadores do protesto anti-PT, informou que houve pouca adesão, porque foram espalhados boatos pelos petistas de que qualquer manifestação durante a presença de Lula na cidade seria “repreendida duramente pela PM. “Eles disseram que a PM não seria aceitar nenhum tipo de provocação. A nossa intenção não era provocar. Mesmo assim, o nosso pessoal ficou com receio. Queremos apenas mostrar que não é com festa que se resgata a credibilidade de um partido, mas com verdade”, disse.

Ao cumprimentar o ex-presidente, o governador Fernando Pimentel o tratou como “o nosso candidato”. Em seguida, disse que se confundiu e emendou: “Quero dizer, o nosso convidado Lula”. O ex-presidente criticou os atuais deputados e senadores, ao fazer referência à reforma política. “Vejo aqui uma faixa, pedindo ‘Constituinte já’. Acho que deveria ter uma constituinte exclusiva para se fazer reforma política porque com este Congresso que aí está não sairá a reforma política de que o povo brasileiro precisa”.

O petista salientou que o Brasil é afetado por uma crise mundial, que atinge todos os países. “Mas este país é muito grande. Este povo brasileiro é extraordinário e o povo brasileiro vai superar esta crise, sob o comando da presidente Dilma Rousseff.” Lula não mencionou as denúncias de corrupção e disse apenas que “enfrentamos problemas”.

Antes do ato público, Lula participou ao lado de Pimentel de um encontro às portas fechadas com 40 prefeitos e lideranças petistas, na sede da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams). Conforme um dos participantes da reunião, Lula fez uma comparação entre os gestores públicos e os técnicos de futebol, “O técnico de time de futebol, se perder duas vezes, vai embora. Se na política fosse sim, todo dia teria troca de prefeito nas cidades”, teria comentado o ex-presidente.


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