O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admitiu pela primeira vez, nesta sexta-feira, que poderá disputar a Presidência da República em 2018. Em entrevista à Rádio Itatiaia, em Montes Claros, no Norte de Minas - onde participou nessa quinta-feira (27) de encontros com movimentos sociais-, Lula disse que "a oposição engana-se se acha que o PT está acabado, que não haverá disputa em 2018". Lula afirmou que "se for necessário", ele será candidato e vai "trabalhar para a oposição não ganhar as eleições".
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O ex-presidente Lula também pediu para que a oposição tenha "paciência" para esperar a disputa eleitoral em 2018. "Eu perdi três eleições e ia para a casa lamber minhas feridas, me preparar, não ficava resmungando. Ninguém quer mais golpe nesse país", afirmou.
Lula retomou as viagens pelo país - começando por Montes Claros, nessa quinta-feira (27)-, a exemplo do que fez em períodos pré-disputa eleitoral. Ele disse que também vai voltar "a dar palpite". Segundo ele, não fazia isso antes por que achava que, como ex-presidente, era necessário deixar a Dilma governar. Lula adiantou que discutir o Plano Nacional de Educação (PNE) será o foco de suas viagens pelo país. Ele, no entanto, não entrou no mérito se há nessa prioridade uma coincidência com o lema lançado pela própria Dilma no discurso de posse do segundo mandato, quando ela lançou o slogan "´Brasil, pátria educadora".
Lava-Jato
Lula participa nesta sexta-feira de ato em defesa da Petrobras e da democracia, às 18h, no espaço Chevrolet Hall, em Belo Horizonte.
"Gostaria de ter sabido", afirmou ele, acrescentando, contudo, que assim como ele a Polícia Federal, o Ministério Público e a imprensa também não sabiam da corrupção na Petrobras. "Só descobre (esquema de corrupção) quando as coisas podres aparecem", afirmou o ex-presidente.
De acordo com Lula, "haverá um dia que o país agradecerá o governo da presidente Dilma e do PT" pela Operação Lava-Jato, instalada há pouco mais de um ano. Ele justificou a gratidão alegando que as investigações acontecem "sem intromissão" do governo. "É desagradável, é ( a corrupção descoberta). Teve gente do PT que errou, teve", admitiu..