O município de Jaíba, de 33,5 mil habitantes, distante 626 quilômetros de Belo Horizonte, no Norte de Minas, há mais de um mês vive uma disputa pelo comando da prefeitura. Em 20 de julho, a Câmara de Vereadores cassou o mandato de Enoch Lima Campos (PDT), ocupante do cargo de prefeito. Os vereadores chegaram a promover uma sessão de posse do presidente da Câmara, Farrique Xavier da Silva (PSB), mas Enoch obteve uma liminar do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e continuou no posto. No meio da “briga” Enoch e Farrique, a chefia do Executivo passou para outras mãos, de Jimmy Diogo Silva Murta (PC do B), que tinha sido afastado do cargo e que agora retorna por decisão judicial.
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Ex-prefeito é investigado e secretários são afastados por suspeita de corrupção em JaíbaEx-prefeito de Jaíba acusado de fraude paga fiança e é soltoO advogado Alvimar Alves Filho, que defende Jimmy Murta, afirmou que, com a liminar do juiz, o retorno do seu cliente à chefia do Executivo é automática, sem precisar de transmissão de cargo. Ele vai reassumir o cargo na manhã de segunda-feira.
Na liminar, o juiz Eliseu Leite Fonseca destaca que, ao analisar o processo e ouvir testemunhas, constatou “fortes indícios” de que a cassação de Jimmy Murta foi “armada” pela oposição, sem concessão de ampla defesa ao acusado. Ele considerou que existem nos autos “ fortes indícios de que a cassação do mandato do autor foi previamente planejada e preparada pelo grupo de oposição ao então prefeito, independentemente dos motivos, o que por si só, enseja nulidade do ato, por violar o dever de imparcialidade e os princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade, ampla defesa e devido processo legal”..