Dos 17 critérios de distribuição avaliados, 12 apresentaram pelo menos um ponto fraco e cinco foram reprovados nos três quesitos da análise. É o caso do item mínimo per capita, que distribui 0,1% dos 25% do ICMS repartidos pela Lei Robin Hood. A análise mostra que ele não resultou no objetivo inicial, que era reduzir as desigualdades sociais. Esse e todos os outros critérios foram avaliados sob aspectos do nível de aderência às políticas públicas, da capacidade de governança municipal e do nível de qualidade da distribuição de recursos.
Também foi considerado fraco nos três pontos o critério da cota mínima a ser distribuída entre os municípios (5,5%). “A perda de importância dos repasses pelo critério cota mínima como fonte de recursos dos municípios, sua ineficiente
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Antônio Júlio acredita que o embate no Legislativo não será fácil, mas afirma que o fato de o Executivo estar encampando a proposta é positivo. “Vai dar muito pano para manga quando chegar a mensagem na Assembleia, porque lá vai estar o esboço de quem vai ganhar e quem vai perder, mas tem que haver mudança para ajudar os pequenos municípios”, afirma.
Segundo o líder do governo, Durval Ângelo (PT), o estudo vai ajudar na análise do governo sobre o que pode mudar na lei. “Há por parte do governador Pimentel o objetivo de mudar a lei para garantir uma efetividade maior das políticas públicas e garantir justiça social, e acreditamos que esse estudo vai facilitar muito a análise, porque coloca o que representa cada item para os 853 municípios”, disse.
Imposto solidário
O levantamento feito pelo Legislativo mostra os efeitos da norma na distribuição de renda ao longo de 13 anos e constata que 83,1% das cidades, ou 709 delas, aumentaram sua arrecadação depois que a regra do ICMS Solidário (última mudança feita na Lei Robin Hood) entrou em vigor, em 2011. Naquele ano, foram incluídos no bolo os 4,68% finais passíveis de terem o repasse definido por legislação estadual – antes Minas Gerais tinha regra para 20,32% da verba.
Segundo os técnicos, a Região Central do estado deixou de receber cerca de R$ 60 milhões ao ano, enquanto houve acréscimo em outras áreas. Os vales do Jequitinhonha e Mucuri e a Zona da Mata tiveram acréscimos de R$ 15 milhões cada, e o Norte de R$ 21 milhões a R$ 22 milhões ao ano. Para o Vale do Rio Doce, o plus foi de R$ 10 milhões. O estudo, porém, mostrou que a sangria para os municípios considerados “financiadores” não foi proporcional ao benefício dos outros. Foram 108 cidades com ganhos entre 10% e 50% na arrecadação de ICMS. Outros 279 ampliaram a renda de 5% a 10% e 322 até 5%. Enquanto isso, 144 arrecadaram até 8,2% menos do que teriam se os critérios originais da Lei Robin Hood tivessem sido mantidos.
Os técnicos garantem que não houve perda nominal para nenhum município em relação à receita do ano anterior.
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