São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro afirmou, nesta segunda-feira que apesar da reclamação de advogados que defendem empreiteiros e outros presos preventivamente na Operação Lava-Jato, ele entende que autorizou o uso do mecanismo dentro das excepcionalidades previstas em lei. "Eu me deparei com um quadro de corrupção sistêmica, em que existe a necessidade de medidas para estancar a sangria dos cofres públicos", afirmou, após palestra em São Paulo.
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Moro diz que enfrentamento da corrupção sistêmica trará ganhos a todos"Traição entre criminosos", diz Moro sobre delaçõesRelator entrega parecer de projeto para que MP e CGU celebrem acordo de leniênciaMoro diz a jornal que a corrupção representa risco para o BrasilMoro diz que propina influencia decisõesQuestionado, Moro se disse favorável aos acordos de leniência - acordos semelhantes às delações premiadas mas para as empresas - desde que cumpram os requisitos de a empresa se comprometer a abandonar as práticas ilícitas, de revelar fatos e de trocar o comando interno, que se mostrou comprometido com a corrupção. "A empresa tem que fazer sua faxina interna."
Topo
Moro foi questionado pela plateia se acredita que a Lava-Jato chegará ao "topo", em referência indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não é uma pergunta que me sinto confortável em responder", respondeu.
Segurança pessoal
Moro não quis responder também sobre sua segurança pessoal. "A gente não é aconselhado a falar de questões de segurança por questão de segurança", disse.
Sobre o que o move como juiz, Moro falou que a posição do juiz é bastante reativa, valorizando o trabalho dos órgãos investigadores. "Dever de ofício, pura e simplesmente", respondeu..