Os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, entregaram na tarde desta segunda-feira ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB) o projeto do Orçamento de 2016. O relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), também participaram da entrega da proposta. Segundo Ricardo Barros (PP-PR), o déficit orçamentário em 2016 vai ser de R$ 30,5 bilhões, o que corresponde 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), número confirmado pelos titulares das pastas. Ainda segundo os ministros, a expectativa do governo é que a economia crescerá 0,2% em 2016 e a inflação será de 5,4%.
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Barbosa anunciou medidas tributárias como a revisão da desoneração do PIS/Cofins de computadores, tablets e smartphones; revisão da tributação de bebidas como vinhos, destilados e sobre operações de crédito do BNDES. O ministro ainda disse que o defícit é “temporário”. O Principal desafio é controlar os gastos obrigatórios da União”, disse, citando a Previdência Social, Saúde e funcionalismo público.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que o governo aposta no crescimento da indústria, no médio prazo, para ajudar no crescimento da economia, além da aprovação da reforma do PIS/Confins em tramitação no Congresso. "A gente sabe aonde a gente quer chegar e a gente sabe como vai chegar", disse. Levy disse estar otimista sobre a retomada do crescimento econômico.
Mais cedo, o vice-presidente Michel Temer afirmou que a proposta com o deficit mostra que “não há maquiagem nas contas”,.
Segundo Temer, o governo abandonou a ideia do retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), cuja reativação foi discutida “de última hora”, e "muitas vozes" se levantaram contra. “Precisamos preparar o ambiente, ou teremos derrotas fragorosas no Congresso”, declarou. “O que a sociedade não aplaude é o retorno repentino da CPMF”, afirmou.
Temer falou também sobre a possibilidade de aumento de impostos. “Não vamos pensar em uma carga tributária mais elevada”, disse ele. Após a declaração, o vice-presidente foi aplaudido pela plateia, formada principalmente por empresários. “Vou levar esse aplauso para o Levy e para o Barbosa.”
Com agências.