O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou nesta segunda-feira que o governo, no esforço de elevação de receitas, pretende arrecadar mais com operações de ativos no próximo ano. A ideia é que essas operações levantem R$ 27,3 bilhões para os cofres públicos no próximo ano. Somando R$ 10 bilhões com concessões, serão R$ 37,3 bilhões. "Só o Ministério do Planejamento espera arrecadar quase R$ 2 bilhões com essas operações", disse o ministro. Ele relatou que também serão tomadas medidas para a venda de participações acionárias não prioritárias; leilão de folha de pagamento da União; ampliação de concessões; e aperfeiçoamento da cobrança de dívida ativa da União.
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Segundo Barbosa, a evolução das despesas deve passar de R$ 1,105 trilhão em 2015 para R$ R$ 1,210 trilhão em 2016, puxada por despesa obrigatórias. "Os principais itens são pessoal e benefícios previdenciários", relatou. Ele disse que os benefícios previdenciários passaram de R$ 439 bilhões em 2015 para R$ 489 bilhões. A despesa discricionária passou de R$ 234 bilhões para R$ 250 bilhões, mantendo-se estável em 4% do PIB entre um ano e outro.
O ministro justificou que esse acréscimo nominal nas despesas discricionárias foi necessário para que, mesmo após revisão de várias metas, manter programas em funcionamento e atender a demandas da sociedade e às prioridades do governo..