Jornal Estado de Minas

Levy defende manutenção de vetos da presidente a reajuste de servidores

Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, saiu em defesa da manutenção dos vetos da presidente da República, Dilma Rousseff, que serão apreciados nesta quarta-feira no Congresso Nacional. Amanhã, os parlamentares decidem sobre os vetos ao reajuste de servidores do Judiciário e a alternativa ao fator previdenciário. "Sustentar o veto da presidente é maneira de combater o desemprego e trazer tranquilidade", disse durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

No caso da regra alternativa ao fator previdenciário que foi vetada, ela permitiria se aposentar com o salário integral quem conseguisse atingir uma soma mínima de idade e tempo de contribuição. Para os homens, essa soma é 95 e, para as mulheres, 85. A presidente argumentou que essa medida seria prejudicial à Previdência Social. No caso do reajuste a servidores do Judiciário, a proposta era um aumento de 78,56%, o que, segundo a Presidência, traria impacto de R$ 25,7 bilhões nos próximos quatro anos.

Levy ainda falou sobre o endividamento de Estados e municípios e afirmou que "deu um freio de arrumação" na liberação de empréstimos externos em função do dólar mais volátil. Hoje, depois de tocar a máxima de R$ 3,700 durante o dia, a moeda norte-americana fechou em alta de 1,60%, cotada a R$ 3,691, maior valor desde 13 de dezembro de 2002 (R$ 3,730). No entanto, ele não descartou que esses empréstimos voltem a ocorrer.
"Temos a intenção de trazer liberação de empréstimos externos de volta à pauta e dar andamento ainda neste ano", disse..