Brasília - O esforço da presidente Dilma Rousseff em conversar nesta terça-feira com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para evitar a aprovação de projetos que aumentem os custos do governo, a chamada "pauta-bomba", pode estar surtindo efeito. O líder do PMDB na Câmara, deputado federal Leonardo Picciani, afirmou à reportagem que a tendência da bancada é não derrubar os vetos feitos por Dilma. Um deles é o veto ao aumento de até 78% aos servidores do Judiciário aprovado em junho pelo Senado.
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Levy defende manutenção de vetos da presidente a reajuste de servidoresRenan: há risco de derrubada de veto do reajuste dos servidores do JudiciárioSessão conjunta do Congresso para apreciação de vetos presidenciais é suspensaCâmara estuda criar 'dress code' para mulheres no LegislativoSobre a proposta deficitária de orçamento para o próximo ano, o deputado disse que discorda da ideia de devolver o documento ao Planalto. "Evidente que não é uma saída (retornar o projeto). A proposta está aqui e o Congresso deve debatê-la e, se entender que deve alterar, alterá-lo", completou o deputado.
Para ele, é necessário trabalhar com uma perspectiva realista, e o Congresso deve participar do debate, apesar do ônus. Segundo Picciani, é necessário preservar o investimento e cortar custeio. Mas o deputado ressaltou que o governo precisa iniciar o processo informando a reforma dos ministérios e o corte de funcionários comissionados.