O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Nelson Barbosa, disse nesta quarta-feira que o governo não vai enviar aditivo ao Projeto de Lei do Orçamento Anual (PLOA), entregue há dois dias ao Congresso Nacional, como reivindicou a oposição.
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Cunha diz que é favorável à aprovação do Orçamento como o governo encaminhouRenan: Se Congresso tiver alternativas para superar déficit no Orçamento, melhorCongresso rejeita pedido de Dilma em busca de saída para déficit do OrçamentoOposição e governistas divergem na solução do rombo do Orçamento da UniãoDéficit no Orçamento expõe divisão na equipe econômica“Apresentamos o volume de despesas tanto obrigatórias quanto discricionárias que achamos adequado para o funcionamento da economia, para atender as demandas da população brasileira”, disse Barbosa. Ele destacou que, entre as despesas primárias do governo, a maior parte refere-se a despesas obrigatórias, como gastos com pessoal e com Previdência.
“Fizemos um grande esforço para conter o crescimento de despesas discricionárias. Se considerarmos o valor real, os R$ 250 bilhões de despesas previstas para o próximo ano, é um valor inferior ao realizado em 2012. Ou seja, os gastos discricionários valem menos do que valiam há quatro anos. Esta é uma dimensão do esforço fiscal que o governo está fazendo”, completou.
Barbosa também confirmou a previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões no Orçamentodo próximo ano.
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que é favorável à aprovação do projeto como o governo enviou e afirmou que é responsabilidade do Executivo solucionar o equilíbrio das contas. “Cabe ao governo encontrar soluções, seja por corte de gastos ou por melhoria de ambiente para poder aumentar receita. Eles são os administradores e sabem o que fazer. Cabe a nós dar sugestões para melhorar o ambiente que vai acabar melhorando a arrecadação”, afirmou.
Para Cunha, a previsão de déficit não é motivo de preocupação. Segundo ele, ter controle sobre a dívida bruta é mais sério do que ter previsão de superavit. “Me preocupo com o tamanho da divida bruta do país.