Brasília - Inicialmente avessa à ideia de reduzir o número de ministérios, a presidente Dilma Rousseff defendeu nessa quarta-feira, 2, a importância da reforma administrativa e afirmou que vai definir até o fim do mês quais pastas serão extintas. Ela, no entanto, admitiu que a medida não vai produzir grandes efeitos sob o ponto de vista da redução de gastos.
"Não vou antecipar a reforma administrativa. Tenho até o final do mês. Posso falar antes, posso falar durante, mas minha meta é até o final do mês", disse.
Para Dilma, a reforma - que prevê cortar pelo menos dez dos 39 ministérios - será importante para melhorar a gestão pública. Segundo a presidente, isso será possível porque o governo vai reduzir também o número de cargos comissionados e tomar várias medidas para diminuir o custeio da máquina pública, como gastos com carros usados por servidores públicos.
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Dilma acena com novos impostosTemer recusa volta à articulação pedida por DilmaCâmara restabelecerá financiamento privado na reforma política, diz CunhaA presidente destacou ainda que já foram feitos "cortes significativos" para reduzir os gastos, mas que o ajuste fiscal não significou o fim dos programas sociais do governo, como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. "Fizemos esforço para manter políticas sociais para Brasil não voltar para trás", declarou.
A reforma administrativa foi anunciada na semana passada pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. O assunto tem gerado tensão na Esplanada dos Ministérios, diante da indefinição de quais pastas serão cortadas.
Em um dos cenários estudados, o Banco Central poderia perder o status de ministério. Questionada especificamente sobre a situação do BC, a presidente não quis comentar.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, na semana passada, a presidente não detalhou como seria a reforma.