O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes, voltou a falar que o Brasil vive uma "grave crise", mas ponderou que o País tem todas as condições de sair deste quadro desde que tenha capacidade de diálogo. "Estamos num ambiente macroeconômico negativo, com a taxa de juros alta. A consequência em relação à responsabilidade fiscal e à estabilidade monetária começa a se comprometer, claro que ainda que podemos reverter internamente esta situação", disse durante palestra a políticos e agropecuaristas na 38ª Expointer, na região metropolitana de Porto Alegre.
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TCU alega atraso em investigação de Pasadena e libera salário de executivosMinistro do TCU elogia orçamento de Dilma para 2016, mas não alivia 'pedaladas'Ministro do TCU diz que governo não tem rumoMudança de postura do TCU vai impactar todos os Estados, diz NardesComo já havia feito em outra manifestação esta semana, ele associou o cenário vivido pelo Brasil ao da Grécia, que foi socorrida financeiramente pela União Europeia.
Ele também disse que não se pode deixar que se repita no Brasil o que ocorreu ao seu Estado de origem, o Rio Grande do Sul, lembrando que o governo gaúcho chegou no auge de uma crise financeira e não tem mais dinheiro para pagar o funcionalismo estadual. "Lá não dá mais para pedalar, a bicicleta quebrou", disse. "Nós (no Brasil) estávamos indo para o mesmo caminho, por isso eu tomei a decisão (de reprovar as contas federais). Há 80 anos o TCU sempre aprovava as contas com ressalvas. Eu mudei isso porque fiquei alarmado, impactado com os números."
Ao citar as irregularidades encontradas pelo TCU nas contas do governo de Dilma Rousseff, ele reconheceu que as pedaladas federais já haviam ocorrido em administrações anteriores, mas não "na dimensão de 2014"..