Em meio à discussão sobre corte de despesas no governo, senadores estão começando a circular com carro de luxo zero-quilômetro. Até amanhã, todos os 81 senadores terão trocado o Renault Fluence usado por um Sentra novíssimo, que custa em torno de R$ 65 mil. Com a substituição da frota, o Senado vai reajustar em 6,5% o contrato de locação de veículos à disposição dos parlamentares. O custo do aluguel dos carros vai aumentar R$ 145 mil, passando dos atuais R$ 2,23 milhões por ano para R$ 2,37 milhões. Desde que a Casa Legislativa começou a alugar carros, em 2011, o contrato, que custava, inicialmente, R$1,9 milhão ao ano, já aumentou 23%.
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Senado aprova em 2º turno cota para mulheres no LegislativoMoro chega ao Senado e critica 'sistema de recursos sem fim' no processo penalSenado aprova indenização a donos de terras demarcadas como reservas indígenasGoverno compra utensílios de prata de R$ 215 mil para cozinha do PlanaltoEm nota divulgada ontem, a presidência do Senado justifica que a renovação “apresentou-se vantajosa para a administração” e chega a ter custo 35% menor do que outros contratos de locação assinados por outros órgãos públicos federais.
Desde 2011, o sistema de funcionamento da área de transportes do Senado mudou. Até então, a Casa mantinha frota própria. Os carros, que tinham, em média, oito anos, foram leiloados em 2012 por R$ 1 milhão, dinheiro revertido aos cofres públicos. O modelo foi substituído pelo aluguel, passando para a locadora a responsabilidade pela manutenção, seguro e documentação dos veículos. A presidência justifica que a mudança já representou economia de R$ 2,6 milhões.
Além do aluguel do veículo, cada senador ainda tem direito a 300 litros de gasolina ou 420 litros de álcool por mês. A cota é usada para rodar apenas no Distrito Federal.