Após rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's, na noite de ontem, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, falou em meta fiscal maior e um pouco mais de impostos durante coletiva concedida à imprensa na tarde desta quinta-feira. De acordo com o ministro, a sociedade, as empresas e as famílias podem ter que fazer um "pequeno esforço" para o país voltar a ser reconhecido internacionalmente como um "país forte".
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Levy: Déficit do Orçamento foi para mostrar que é preciso encontrar um caminho Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anuncia primeiras medidas após rebaixamento do grau de investimento do Brasil Renan sinaliza que projeto que altera meta fiscal de 2015 terá apreciação rápidaRose de Freitas: PL sobre meta fiscal deve ser votado após governo se manifestarCunha acredita que revisão da meta fiscal é problemática para o governoReunião com Levy sobre mudança no Orçamento não foi conclusiva, diz relatorGoverno deve ter gasto parcimonioso e visitar despesas obrigatórias, diz LevyLevy avaliou o rebaixamento como um "sinal de alerta muito importante" em relação ao reequilíbrio da economia. "Certamente nós já tínhamos um processo em andamento, e o episódio de ontem cria um estímulo adicional para concluir esse processo", disse. Ele alertou ainda que é preciso mostrar que o processo de reequilíbrio fiscal está em andamento, para diminuir o "afã" de outras agências - Fitch e Moody's - também diminuírem as notas do Brasil.
Ainda durante a coletiva, o ministro ressaltou que o Orçamento projetado para 2016 já é bastante enxuto, e que é importante discutir com "transparência e clareza" antes de tomar as medidas necessárias para cortar despesas e, se necessário, criar novas receitas. Levy, disse que ainda não tem valores sobre corte de despesa e aumento de receita para citar, mas previu que os terá no final de setembro.
Inflação
O ministro da Fazenda afirmou que a inflação já está convergindo para o centro da meta e disse que resolver a questão fiscal é mais complexo que combater a inflação. Ele assegurou ainda que o governo está fazendo o "necessário" para o país voltar a crescer com segurança e salientou que o mercado não se acalma com palavras, mas apenas com ações..