Jornal Estado de Minas

Indústria critica falta de ação do governo sobre nota de rebaixamento da economia

O setor produtivo demonstrou indignação com a falta de ação do governo diante da perda do grau de investimento do país. Em nota conjunta, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) criticaram a inação de Dilma após o rebaixamento do país e afirmaram que “o governo deixou de governar”. “A perda do grau de investimento por uma agência de rating internacional é o desfecho de uma série de hesitações, equívocos e incapacidade de lidar com os desafios de uma conjuntura econômica cujo esfacelamento é resultado de incontáveis erros cometidos ao longo dos últimos anos”, disse o documento, afirmando que o Brasil clama por parte de um ajuste fiscal de verdade e baseado em cortes de despesas e repudiando novos aumentos de impostos.

O economista e ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman, avaliou que foi clara a frustração do mercado com as declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. “Mas vamos falar a verdade. Esse é o mesmo governo que mandou um orçamento com deficit de 0,3% do PIB quando tinha prometido um superavit de 0,7% do PIB”, afirmou. Para ele, após essa falta de ação do governo, a porteira para o rebaixamento do país pelas outras duas agências, Moody’s e Fitch Rating, está aberta. A Fitch, porém, ainda vê elementos apoiando o grau de investimento do Brasil, disse a analista sênior Shelly Shetty. Falando em uma conferência em Nova York, Shetty disse, no entanto, que o rating do Brasil está se deteriorando.
(RH)

Novidades no ‘Minha casa’


Adiada pelo governo devido à indefinição sobre o Orçamento de 2016, a terceira fase do Minha casa, minha vida sofrerá reajustes nas taxas de juros e vai contar com uma nova faixa de renda intermediária para financiamentos. Os juros vão variar entre 6% e 8% ao ano. Atualmente, as taxas estão entre 5% e 7,16% ao ano. Já a nova faixa, chamada 1,5, oferecerá subsídios para famílias com renda de até R$ 2.350. As propostas foram apresentadas ontem pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, aos movimentos sociais e à construção civil. A mudança vale somente para novos contratos. .