São Paulo e Curitiba, 11 - A Justiça Federal, em Curitiba, levantou o sigilo nesta sexta-feira, de pelo menos onze depoimentos da delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, assinada com a Procuradoria-Geral da República. Nos termos, o empreiteiro confessou repasses de propina do esquema de corrupção que operou na Petrobras entre 2004 e 2014 para o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (governo Lula) e para o PT, via ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, por meio de "doações declaradas e não-declaradas".
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Moro deve decidir sobre denúncia contra Dirceu entre hoje e amanhãSupremo dá 10 dias para Moro responder sobre investigação em que Lobão foi citadoMoro diz que Justiça é 'extremamente ineficaz' contra poderososNeles, Pessoa trata ainda das propinas para os ex-deputados Luiz Argolo (ex-PP e afastado do Solidariedade/BA) e Aline Corrêa (PP/SP), com recursos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras. O empreiteiro fala, ainda, sobre as operações de propina envolvendo a Diretoria de Serviços - cota do PT no esquema alvo da Lava Jato - com os lobistas Adir Assad e Mário Góes.
Em dois dos depoimentos de delação que serão tornados públicos, o dono da UTC aponta ainda a formação e a atuação do cartel de empreiteiras que fatiava obras da Petrobras, pagando propinas sobre valores pagos em consórcios formados nas obras do Comperj, no Rio, e na Refinaria Repar, no Paraná.
Um deles, envolvendo a Odebrecht, que nega envolvimento no esquema da estatal petrolífera..