São Paulo, 15 - Ao ser questionado pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, sobre o que achava da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente do Grupo Caoa, Antônio Maciel Neto, disse que preferiria que o ajuste fiscal fosse na direção da redução de custos. "O Brasil já tem uma carga tributária muito grande", disse na chegada ao prédio da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), onde esta sendo realizado o 12º Fórum de Economia.
Segundo Maciel, por conta da elevada carga tributária no Brasil, mais de 50% do preço do automóvel produzido no País refere-se a impostos. "Então eu preferiria que a CPMF não voltasse. Mas o governo e o Congresso precisam achar uma forma de encontrar o equilíbrio e se tiver mesmo que ter a CPMF que seja provisória, porque a outra era provisória e durou 10 anos", disse.
Ainda assim, Maciel entende que o ajuste precisa ser feito, mas que tenha um prazo bem definido. "O que precisa agora é fazer o ajuste, acalmar os investidores e o Brasil voltar a ter um pouco de normalidade para que a economia possa voltar a crescer, disse o presidente da Caoa, acrescentando que essa volta da economia ao crescimento só vai ocorrer quando os investimentos voltarem.
"O investimento é remédio para tudo porque gera empregos, torna a economia mais competitiva, gera mais impostos e se exporta mais. Então eu acho que a agenda agora é estabilizar economia e acertar a parte do Orçamento, mas, fundamentalmente, começar a trabalhar e a olhar para que voltem os investimentos", afirmou Maciel..