Brasília, 15 - Os dirigentes da Confederação Nacional (CNI) começaram um mobilização contra as duas medidas incluídas no pacote fiscal que reduzem em R$ 8 bilhões os recursos para o Sistema S.
O presidente da CNI, Robson Andrade, começou a fazer contatos com parlamentares para barrar as duas medidas no Congresso. Os dirigentes se reuniram nesta terça-feira, 15, para definir a estratégia de reação às medidas.
Em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, Andrade disse que o governo precisar fazer cortes mais profundos ao invés de reduzir recursos nos locais que "funcionam". Ele criticou o fato de o governo não ter aprovado nenhuma medida para reduzir os gastos da Previdência Social.
O dirigente da CNI rechaçou avaliação de que o Sistema S funciona com uma "caixa preta". Segundo ele, os recursos transferidos para as duas entidades da indústria do Sistema S - Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Serviço Social da Indústria (Sesi) - são bem gastos e com transparência. Ele ponderou que o Senai atende 4 milhões de alunos em cursos profissionalizantes em todo o País, que serão prejudicados com as duas medidas do governo.
"Não existe caixa preta", disse Andrade. Sesi e Senai recebem R$ 7,5 bilhões por ano. Segundo ele, os recursos repassados para todo o sistema é de cerca de R$ 25 bilhões. Ele argumentou ainda que a maneira de aumentar a produtividade do País é por meio da maior qualificação dos trabalhadores. "Já acabaram com o Pronatec", criticou