Antes que os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, anunciassem em Brasília os cortes no orçamento, na segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff conversou por telefone com o vice-presidente Michel Temer, que está em viagem oficial à Rússia. Segundo ministros do PMDB que acompanharam o diálogo telefônico, o vice, que havia se mostrado avesso ao retorno da CPMF na semana passada, teria "compreendido" os argumentos da presidente.
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Kátia Abreu divulga nota explicando por que não viajou com Temer para a RússiaVice-presidente do PSDB defende que partido fique fora de eventual gestão TemerDilma está se recuperando e terminará mandato em 2018, diz Temer Cúpula do PT no Congresso defende criar faixa de isenção para CPMFGrupo de parlamentares lança movimento contra a CPMFNa visita oficial à Rússia temer está acompanhado de seis ministros - todos do PMDB. Na terça-feira, 15, ele se recusou a falar sobre CPMF e os cortes. Questionado pela reportagem se apoiaria a volta da contribuição, o vice-presidente ignorou a pergunta, deixando o local da entrevista.
Segundo Alves, porém, Temer teria aceitado os motivos alegados por Dilma para insistir na proposta. "Ele concordou com a argumentação que ela (Dilma) fez, com as motivações que ela apresentou. Ao chegar ao Brasil ele vai trabalhar para ajudar nessa relação com o Poder Legislativo", disse Alves.
Outro ministro a confirmar o teor do diálogo foi Edinho Araújo, titular da Secretaria dos Portos.
"Foi a forma como ela foi apresentada. Ele estava em São Paulo para um debate com empresários em uma quinta-feira e soube assim. Ele reagiu naquele momento", afirmou. "Ontem (segunda-feira) ela voltou a explicar todo o elenco de medidas e agora vai para o debate."
Questionado se Temer apoiaria ou não a reimplantação da contribuição, Araújo desconversou: "Converse com ele. Mas ele concordou com a apresentação que ela fez, com a argumentação que ela apresentou."
Além de Dilma, outro a telefonar na segunda-feira a Moscou foi Levy.
Apoio
Ao ser abordado sobre se o Congresso Nacional apoiará o pacote de cortes e o aumento de impostos, além da recriação da CPMF, Alves demonstrou confiança. "Acho que tem chances se for bem debatido, bem explicada, bem fundamentada", ponderou.
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