A Petrobras confirmou nesta quarta-feira, a renúncia do presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, conforme o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, havia adiantado mais cedo. Segundo a estatal, Lima Neto renunciou hoje "por motivos de saúde".
O diretor Financeiro da BR, Carlos Alberto Tessarollo, que estava no exercício da presidência dessa companhia, continuará na função como interino.
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Deputado sugere que Pessoa seja liberado de depoimento à CPI da PetrobrasMinistro do STF autoriza Pessoa a permanecer em silêncio na CPI da PetrobrasRicardo Pessoa depõe nesta terça-feira na CPI da Petrobras Petrobras ainda está distante da meta de corte de gastosLima Neto estava licenciado há quatro meses da presidência da BR Distribuidora e permanece como funcionário da Petrobras. Ele foi indicado ao cargo de presidente pelo ex-ministro de Minas e Energia, Edson Lobão (PMDB-MA), suspeito de receber propina no esquema de corrupção na estatal.
Desde que assumiu a presidência da subsidiária, Lima Neto se reuniu pelo menos cinco vezes com o ex-presidente Collor em seu gabinete no Senado, conforme revelado pelo jornal "O Estado de S. Paulo" no último mês. Os encontros teriam sido a convite do senador. O Ministério Público Federal (MPF) pediu abertura de inquérito contra Collor, que teria se beneficiado de propina paga por empreiteiras envolvidas no escândalo da Operação Lava Jato.
Em entrevista ao jornal, o gerente adjunto de Instalações da subsidiária da Petrobras, Marcos Aurélio Frontin, acusou Lima Neto de ter determinado contratação irregular com a UTC, do empreiteiro Ricardo Pessoa, investigado na Lava Jato. Frontin foi apontado, em auditoria interna da BR, como o único responsável por ilegalidades em contratos com a UTC no valor de R$ 650 milhões..