O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi reconduzido nesta quinta-feira para mais dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República. Em sua fala, ele ressaltou que os dois anos passaram de forma rápida em “um átimo”. Durante sua fala, Janot ressaltou a importância de fortalecer a relação com as instituições e dentro do próprio Ministério Público. “Em 2013, ao tomar posse para o primeiro cargo, já vislumbrava os desafios postos que seriam trilhados”, disse. O procurador ainda se emocionou ao citar sua família, presente na cerimônia. “Um Ministério Público forte, bem estruturado e autônomo é fundamental”, disse. A recondução dele foi assinada pela presidente Dilma Rousseff na manhã de hoje.
Ainda durante sua fala, o procurador ressaltou a postura da Presidência que sempre indica o nome mais votado na eleição feita nas procuradorias. Desde o primeiro governo do ex-presidente Lula a indicação para a PGR é feita através da lista de votação com os próprios procuradores. Em outro momento de seu breve discurso. Janot ainda disse que o Senado agiu de forma democrática ao aprovar sua recondução ao cargo.
O procurador teve o nome aprovado no plenário do Senado com 59 votos favoráveis, 12 contrários e uma abstenção. Já na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ele teve 26 votos a favor e um contra, após sabatina que durou mais de 10 horas. Principal marca de sua gestão à frente da PGR, a investigação da Operação Lava-Jato tomou maior parte do tempo das perguntas dos senadores e, por consequência, das respostas de Janot.
Sobre as investigações feitas no âmbito da operação Lava-Jato, Rodrigo Janot ainda apresentou denúncias ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB) e do senador Fernando Collor (PTB).
Fala da presidente
Em sua fala, a presidente Dilma Rousseff destacou o trabalho de Rodrigo Janot à frente da Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo ela, o procurador está à altura dos desafios do cargo. Dilma defendeu que as investigações sejam feitas “com firmeza”, mas garantindo sempre o direito ao contraditório. Ela disse também que a lei deve ser o que orienta as ações. "Todos nós queremos um país onde a lei é o limite", disse.
A presidente ainda aproveitou para comentar o ambiente política e criticar de maneira indireta a postura dos opositores ao seu governo. “Queremos um país onde todos os políticos respeitem o resultado das urnas", disse Dilma.