Jornal Estado de Minas

Aécio rebate Dilma e diz que golpe é 'usar dinheiro de crime' para obter votos


O senador Aécio Neves (PSDB) rebateu nesta quinta-feira a presidente Dilma Rousseff (PT) que declarou que se trata de “golpe” os que pedem seu impeachment. O tucano lembrou que o Tribunal de Contas União está investigando as contas do governo e há uma investigação sobre a campanha de Dilma no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para justificar o que chamou de “golpe”. “Golpe e atalho para se chegar no poder é se utilizar do dinheiro do crime ou de irresponsabilidade fiscal para obter votos “, afirmou.

Ainda de acordo com Aécio, a presidente está “obcecada com o próprio fim do seu governo”. O tucano disse que “quem não deve, não teme” ao dizer que aguarda o posicionamento do TCU sobre as contas do ano passado do governo, em análise pelos ministros. “Como disse de forma muito correta o ministro João Noronha na semana passada, a presidente tem hoje a presunção da legitimidade. Isso não serve apenas para ela, serve para qualquer governante ou para qualquer eleito. Se em um determinado momento, através das instituições que temos hoje chega-se à conclusão de que aquele mandato, ou aquele voto foi obtido de forma ilegal, ou mesmo criminosa, obviamente, perde-se essa legitimidade”, comentou.


A presidente Dilma Rousseff (PT) usou nessa quarta-feira pela primeira vez, a palavra "golpe" em público para se referir à tentativa da oposição e de representantes da sociedade civil de abrir um processo de impeachment para tirá-la do cargo.

Em discurso em Presidente Prudente (SP), onde participou de cerimônia de entrega de unidades do Minha Casa Minha Vida, ela criticou os que apostam "no quanto pior, melhor" para a política e a economia. Segundo ela, essa postura só leva ao pior, "porque nós conquistamos a democracia com imenso esforço e a base da democracia é a legalidade dada pelo voto de cada um". Em reação à fala da presidente, representantes de movimentos sociais presentes ao evento gritaram "não vai ter golpe". Na sequência ela emendou: "qualquer forma de encurtar o caminho da rotatividade democrática é golpe, sim. Principalmente quando esse caminho é feito só de atalhos questionáveis", .