O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, recebeu nesta quinta-feira, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, redigido pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr. O documento tem a assinatura ainda de representantes de movimentos sociais, além da advogada Janaina Paschoal, que já assinava a primeira versão. O texto é uma revisão do pedido que já havia sido feito pelo ex-petista Hélio Bicudo há duas semanas, mas que Cunha havia devolvido para que fossem feitas alterações formais.
Leia Mais
Miguel Reale Jr. e Hélio Bicudo protocolam pedido reformulado de impeachmentBicudo rebate Dilma e diz que impeachment 'não é golpismo'Pedido de impeachment da presidente Dilma será feito por dois juristasCunha vai se posicionar sobre pedido de impeachment na 5ª feiraCunha diz que pretende responder questão de ordem sobre impeachment nesta semanaLula se reúne com Cunha e pede para segurar pedido de impeachmentDilma sente o calor do debate, mas chance de impeachment é minoritária, diz jornal“Lutamos contra a ditadura dos fuzis e agora estamos juntos para lutar contra a ditadura da propina.
REAÇÃO O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), que se reuniu com Dilma nesta quinta, chamou de conspiradores os que querem o impeachment da presidente: “O que é importante para o país é a retomada do crescimento da economia. Não é dar espaço, dar vazão a esses conspiradores que ficam o tempo todo falando numa pauta que não é aquela em que o País está pensando.”
TRAMITAÇÃO Ao receber o documento, o presidente da Câmara afirmou que só decidirá sobre o pedido de impeachment após resolver questão de ordem apresentada pela oposição a respeito do assunto. Na terça-feira (15), o líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), apresentou questão de ordem para saber oficialmente como seria a tramitação, na Casa, de um pedido de impedimento da presidente – requisitos para aceitação, recursos, prazos, emendas e rito de tramitação. Cunha não deu prazo para essa resposta.
“Eu primeiro vou decidir a questão de ordem que foi formulada porque ela pode ter impacto em qualquer decisão ou processo subsequente. Depois que eu decidir a questão de ordem, que será pública, eu vou anunciar em Plenário, mas ainda não tenho condições de decidir.