Depois de quase dois anos do início oficial da tramitação da ação sobre a legalidade ou não do financiamento privado das campanhas eleitorais, o Supremo Tribunal Federal proibiu, por 8 votos a 3, a doação de empresas privadas para candidatos.
Leia Mais
STF retoma nesta quarta-feira julgamento sobre financiamento privado de campanhasOAB diz que palavra final sobre doação de empresas será do STFDilma veta financiamento privado de campanhaPSDB e DEM rejeitam acelerar PEC do financiamento privadoLíder do PT no Senado critica nova votação sobre o financiamento privado Dilma veta possibilidade de financiamento de empresas em campanhas eleitoraisProibição de financiamento privado criará 'aluguel de doador', diz CunhaMesmo após decisão contra doação, só veto de Dilma evita nova consulta ao STFPara os ministros contrários ao financiamento privado, as doações favorecem o abuso de poder econômico. Com essa decisão, deve ser vetada pela presidente Dilma Rousseff a aprovação pelo Congresso Nacional do financiamento privado de até R$ 20 milhões por empresa. Ele foi rejeitado pelo Senado, mas aprovado pela Câmara dos Deputados semana passada.
Votaram pela inconstitucionalidade das doações por empresas os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski e o ex-ministro Joaquim Barbosa (que foi substituído pelo ministro Edson Fachin). Já os ministros Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Celso de Mello foram favoráveis às doações.
Para Celso Mello, que votou nesta quinta, o financiamento privado não contraria a constituição.
Além dele, também votaram hoje as ministras Cármen Lúcia e Rosa Weber e ambas acompanharam o voto do ministro relator, Luiz Fux, que declarou a inconstitucionalidade do financiamento empresarial.
Para Rosa Weber, "a influencia do poder econômico culmina por transformar o processo eleitoral em jogo político". Carmen Lúcia também votou contra alegando que influência das doações desiguala a disputa eleitoral entre os partidos e internamente, porque o candidato passa a representar os interesse das empresas e não do cidadão que o elegeu. .