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Estado de Minas

Encontro entre Lula e Mercadante indica permanência do titular da Casa Civil


postado em 18/09/2015 13:01 / atualizado em 18/09/2015 13:56

(foto: REUTERS/Leandro Moraes - 03/10/2010)
(foto: REUTERS/Leandro Moraes - 03/10/2010)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta sexta-feira com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, para tratar da reforma administrativa do governo, que será feita nos próximos dias.

PT e PMDB pressionam a presidente Dilma Rousseff a substituir Mercadante na Casa Civil. Até agora, porém, Dilma resiste a tirar Mercadante e avisou que não cederá às pressões. O nome da ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), chegou a ser cogitado para a pasta, mas ela não tem apoio integral do PMDB. Lula também disse, ontem, que não aprovaria a troca. Na sua opinião, o mais indicado para substituir Mercadante seria o petista Jaques Wagner, titular da Defesa. O encontro de Lula com Mercadante é visto como um sinal de que o ministro permanece no cargo.

Ontem, na primeira conversa Dilma após a divulgação do pacote fiscal, Lula da Silva pediu a ela que faça uma reforma ministerial mais ampla, para garantir sustentação política no Congresso e evitar o processo de impeachment. Lula disse a Dilma que ela precisa aumentar o espaço dos aliados fiéis e diminuir os cargos dos traidores, porque somente assim conseguirá aprovar o ajuste e barrar iniciativas para afastá-la do Planalto.

Na lista dos partidos que comandam ministérios e votaram contra medidas propostas pela equipe econômica na primeira fase do ajuste estão o PR, que controla os Transportes; o PDT, no Trabalho; e o PRB, no Esporte. A avaliação é de que tudo tem de ser feito para impedir que um pedido de impeachment seja aceito na Câmara comandada por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) porque, se isso ocorrer, será muito difícil deter sua tramitação com a pressão das ruas.

Apesar de defender mudanças na política econômica e achar que Dilma deveria ter adotado outro caminho para reequilibrar o Orçamento, Lula disse que é necessário "pôr no Ministério quem ajuda o governo no Congresso" para aprovar o quanto antes o pacote fiscal, mesmo se houver recuos estratégicos, como um prazo menor de vigência da CPMF.


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