Rio, 18 - Depois de passar por Brasília e ver de perto no Congresso a resistência à criação da nova CPMF, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse que, se a contribuição for rejeitada, alguma outra medida terá que ser tomada para aliviar o caixa dos Estados.
Aliado da presidente Dilma Rousseff, Pezão disse que é urgente fazer reforma da Previdência e insistiu na proposta de que os Estados tenham um desconto no pagamento da dívida com a União. "A presidente fica de cabelo em pé com essa proposta, mas aliviaria muito os Estados. Por dois ou três anos poderíamos pagar 9% em vez de 13% da receita. Se não for a CPMF, que se discutam outras coisas. O País tem que fazer a discussão da dívida", afirmou.
O governador disse que, se estivesse no governo federal, teria enviado ao Congresso uma proposta de reforma previdenciária antes da recriação da CPMF. "Eu mandaria uma reforma antes da CPMF. Não tem como arcar com os gastos da Previdência", disse.
Apesar da resistência à CPMF, Pezão ainda trabalha para mobilizar governadores pela aprovação da contribuição, com alíquota de 0,38% e dividida entre União, Estados e municípios, em vez de 0,2% para União, como proposto pelo governo.