A pouco menos de duas semanas do prazo legal para que candidatos às eleições do ano que vem mudem de partido – este ano será em 2 de outubro – e de olho na expansão da bancada na Câmara Municipal de Belo Horizonte, os vereadores tucanos reivindicaram nessa segunda-feira do senador Antonio Anastasia (PSDB) candidatura própria à sucessão de Marcio Lacerda (PSB). “Precisamos de um nome para fortalecer a legenda”, sustentou o líder Henrique Braga num discurso afinado com a estratégia nacional do partido. O PSDB, contudo, não tem uma candidatura que unifique a legenda. “Na carona ao desgaste do PT na capital mineira, os vereadores do PSDB acreditam que a hora de crescer é agora. O partido só conquistou três cadeiras em 2012 e já completa 22 anos que comandou a cidade pela última vez.
No ninho tucano há preocupação com a possível pulverização de candidaturas, esfacelando no primeiro turno o grupo político que conquistou a administração municipal em 2012, com resultados imprevisíveis. Até agora já se anunciam candidatos o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT), o deputado federal Eros Biondini (PTB), além do vice-prefeito Délio Malheiros (PV). Há também o PSB de Marcio Lacerda, principal aliado, que quer comandar o processo com um nome de seu partido.
A aposta da bancada tucana é a de que uma candidatura própria dê maior visibilidade ao partido político, impulsionando os votos de legenda e, com eles, o número de cadeiras conquistadas. Nas eleições de 2012, o PSDB elegeu apenas três vereadores – Henrique Braga, Leo Burguês e Pablito. Ao longo do mandato, Leo Burguês e Pablito deixaram a legenda, que chegou a ter apenas um vereador na Câmara Municipal. Recentemente, Pablito (ex-PV) retornou ao PSDB, e outros dois vereadores se filiaram ao partido – Juninho Los Hermanos (ex-PROS) e Bim da Ambulância (ex-PTN).
Antes de se reunir com a bancada tucana, Anastasia conversou por mais de uma hora com Wellington Magalhães (PTN), presidente da Casa. Magalhães mantém interlocução com o governo Fernando Pimentel (PT) – a sua irmã, a deputada estadual Arlete Magalhães (PTN), está na base do petista – e com o grupo político mineiro do presidente nacional do PSDB Aécio Neves (PSDB). A sucessão municipal esteve em pauta bem à mineira. Magalhães explicou que formou uma federação de pequenos partidos – o PTN, o PSDC, o PSC e o PMN – que terão candidatura própria: ou ele mesmo ou o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PRP), que deve deixar a legenda para filiar-se ao PTN.