O Conselho de Estado, segundo grau da justiça administrativa italiana, derrubou nesta terça-feira, 22, liminar que havia mantido o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato detido no país europeu, mesmo após o governo da Itália ter decidido extraditar o brasileiro. Com isso, não há mais como o condenado no julgamento do mensalão recorrer da medida. Dessa forma, ele deve ser trazido de volta ao Brasil.
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Justiça da Itália decide amanhã sobre extradição de PizzolatoBrasil entrega à Itália garantias ao processo de extradição de PizzolatoPizzolato será removido de Roma para a Penitenciária da Papuda pela PFJanot prevê extradição de Pizzolato ainda nesta semanaAutoridades brasileiras estão prontas para receber PizzolatoDurante meia hora, os cinco juízes escutaram as observações feitas por Alessandro Sivelli, advogado de defesa de Pizzolato, Michele Gentiloni, advogado contratado pela União, e Giuseppe Alvenzio, representante do Ministério da Justiça italiana.
Fuga
Pizzolato foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva no julgamento do mensalão. Em 2013, ele fugiu para Itália usando passaporte falso em nome do irmão Celso, morto há 30 anos, e foi preso em fevereiro do ano passado, na casa de um sobrinho, em Maranello. O ex-diretor ficou até dia 28 de outubro de 2014 na penitenciária de Módena, quando o Tribunal de Bolonha negou sua extradição ao Brasil.
Pizzolato ficou livre até 11 de fevereiro deste ano, quando a Corte de Cassação concedeu a extradição. Desde então, o condenado no mensalão aguarda preso a decisão sobre seu retorno ao País.