Brasília, 22 - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou ter dito nesta segunda-feira, 22, a presidente Dilma Rousseff considerar incompatível a participação dele nas discussões sobre reforma ministerial. "Fiz questão de dizer, reiterar a minha posição: eu realmente acho incompatível que o presidente do Congresso participe dessa discussão", afirmou ele, na chegada a seu gabinete. Para Renan, "quanto mais isenção o presidente do Congresso tiver, melhor para cumprir o seu papel".
Ontem, Renan, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer, disseram a Dilma que não iriam indicar nomes para a reforma ministerial. Diante da recusa, a presidente avalia mudar seus planos e adiar o anúncio da reforma, prevista para ocorrer amanhã, 23.
Questionado se fazer uma reforma ministerial agora poderia fragilizar ainda mais a base aliada, ele disse que é uma decisão que cabe a Dilma. "Essa é uma decisão da presidente, no presidencialismo, a decisão de fazer reforma, de mudar o governo de atrair partidos e estabelecer uma agenda é sempre uma decisão da presidente", disse.
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Quanto mais isenção o presidente do Congresso tiver, melhor, diz Renan a Dilma
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