Porto Alegre, 22 - A perspectiva de votação, na tarde desta terça-feira, 22, do projeto que determina o aumento de alíquotas do ICMS no Rio Grande do Sul provoca tumulto no centro de Porto Alegre. No início da manhã, manifestantes contrários à elevação da carga tributária bloquearam um dos principais acessos à capital e, depois, se concentraram em frente ao prédio da Assembleia Legislativa.
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Governo do RS se mobiliza para aprovar aumento de ICMS no LegislativoPara aumentar receita, estados querem elevar impostos, como ICMS e IPVAGovernadores de oposição manifestam preocupação com desemprego e reforma do ICMSCom placar apertado, Assembleia do RS aprova propostas que aumentam ICMSGoverno do RS fecha acordo com PDT para aprovação de aumento de ICMSOs manifestantes pedem que uma liminar obtida pelos partidos da oposição, que garante acesso do público externo às dependências da Assembleia, seja cumprida. O presidente da Casa, Edson Brum (PMDB), determinou que a entrada no local durante a sessão de votação do dia, que começa às 14 horas, seja limitada por questões de segurança. A ideia é evitar uma confusão semelhante à da semana passada, quando houve tumulto durante uma tentativa de votação de outros projetos de ajuste fiscal. Nesta terça-feira, integrantes do Movimento Unificado dos Servidores receberam senhas de acesso que serão insuficientes para todos.
O projeto apresentado pelo governador José Ivo Sartori (PMDB) prevê, entre outras mudanças, a alteração da alíquota básica de ICMS no RS de 17% para 18%. Levando em conta todos os desdobramentos da medida, a previsão é de uma arrecadação extra de cerca R$ 2,1 bilhões para o Estado a partir de 2016 - sem considerar a parcela destinada aos municípios. A proposta faz parte de um conjunto de medidas fiscais que vem sendo implementado pelo governo gaúcho na tentativa de combater a crise financeira estadual.
Nesta terça-feira, a Assembleia Legislativa também vai apreciar o projeto que prevê o aumento do limite de saque de depósitos judiciais de 85% para 95%. O objetivo é dar fôlego ao cofre do Estado no curto e médio prazos, permitindo o pagamento dos salários dos servidores e o cumprimento de outras obrigações..